Comprimida e confinada
Claustrofóbica quer luz
Tem sede
Cega, deseja ver
Comprimida e confinada quer crescer
Quer chão, quer terra
Deseja mais que tudo respirar
Contribuir com o mundo
Cada vez mais tem sede
Quer chão
Respirar... ver o mundo
Acha terra
É paciente, aguarda
Como por milagre:
Água!
Prece mais forte, ousada
Vai em caminho a seus desejos
Força, sente-se quebrar
Luta consigo e com o mundo
Soterrada
Bebe, se esforça
Luz!
A principio pouca, confusa
Já respira
Bebe, respira e luta
Bebe, respira, luta, cresce
Bebe, respira, luta, floresce...
Luiz P.S. Coutinho
3/20/2010
2/26/2010
Amem-se
Como é bom gostar de alguém. Ocupar-se a alguém e com alguém. Dedicar-se a quem se dedica a ti, sentir no peito a dor da perda, do amor e da paixão. Se possível essas dores vezes e mais vezes, junto a outras dores... Com prazeres... Com a mesma pessoa... Com pessoas diferentes.
A sensação do êxtase num sorriso, num olhar suplicado internamente. É bom para a alma e nos dá leveza. É bom querer alguém... Desejar... Elevar a si e ao outro acima de todos. Por um instante que seja, esquecer do mundo e ser um só.
Perceber a perda e não encará-la como tal é o ápice da leveza e sutileza. Uma perda em relacionamento não é uma no amor. Enxergar o próximo além dos laços sociais é bom para a alma.
Na vida passa e passarão inúmeras pessoas que terão laço afetivo/amoroso contigo. Dessas, por motivo qualquer, os laços serão rompidos. Não pense como um fim ou um novo começo. Esqueça esses conceitos e tenha mor por si e pelo próximo.
Amem-se.
Luiz P.S. Coutinho
A sensação do êxtase num sorriso, num olhar suplicado internamente. É bom para a alma e nos dá leveza. É bom querer alguém... Desejar... Elevar a si e ao outro acima de todos. Por um instante que seja, esquecer do mundo e ser um só.
Perceber a perda e não encará-la como tal é o ápice da leveza e sutileza. Uma perda em relacionamento não é uma no amor. Enxergar o próximo além dos laços sociais é bom para a alma.
Na vida passa e passarão inúmeras pessoas que terão laço afetivo/amoroso contigo. Dessas, por motivo qualquer, os laços serão rompidos. Não pense como um fim ou um novo começo. Esqueça esses conceitos e tenha mor por si e pelo próximo.
Amem-se.
Luiz P.S. Coutinho
2/25/2010
2/21/2010
Amor vivo
Como pude viver de olhos vendados
Como pude não ver que a vida é viva
Como pude não viver a vida viva
Como pude, até hoje, viver sem ter tido um amor vivo?!
L.P.Coutinho
2/18/2010
Canto de Pierrô e Colombina
Vem pulando e dançando. Sorriso estampado no rosto e na alma. Dia de festa, festeja! Seu olhar é daqueles que transmitem a mais pura alegria do dia. É dia de festa! Brinca com o mundo como o mundo brinca com ele. Ainda assim, só. Dança, corre, gira e pula pela multidão. Sorrindo e recebendo sorrisos... sinceros, amarelos, falsos, abertos, de uma infinitude. Sorri mas sorri só. Pierrô.
Carrega uma placa. Ali tenta esconder sua solidão. Na multidão ele brinca, procura... dança, pula... distrai-se... encontros, desencontros... idas, fugas. De rosto em rosto o mundo passa. Não deixa lembranças nem marcas, boas ou ruins. Só. Distrai-se ou quer se distrair. Dança e dança e pula. Fecha os olhos, procura ali. Não acha e segue.
Pierrô desiste de sua busca. Não triste, desacreditado. Talvez jamais havia procurado. Rostos passam e passam. Segue pela multidão. Atravessa-a sem prestar atenção aos rostos. Tempo é passageiro. Nada importa. Apenas segue ao lado do tempo. Sem saber por que ou para quê. Placa em riste. Não deseja estar só, mesmo que os rostos passem, está com eles. De alguma forma.
Alegria! Dia de festa! Pula, brinca, sonha um mundo de amor. Anseia pelo fim da solidão dos homens, do amor entre os seres. O tempo pára, surge um rosto. A placa é vista. O rosto tem forma! Voz! Expressão... Amor... Colombina! Não fica, o rosto, Colombina, se vai.
Coração na mão, alegria na alma, segue pela multidão como antes. Sem medo de ser feliz, se expressar. Seu destino é viver. Nesse momento vive um passo atrás do outro. Um sorriso atrás de um olhar que busca um sorriso. Sorri e olha. Ri e chora. Dança!.
De novo o tempo pára. Coração aperta e a placa levanta. É vista! Isso não importa mais... Colombina tenta ir antes que Pierrô fale. Destino... as palavras de Pierrô eram como cânticos divinos. O rosto fica dessa vez. Mesmo afastado permanece próximo. Ele canta!... Ela ouve!.. Ela canta!... Eles cantam!
Talvez não exista amor a primeira vista, não para eles, mas com certeza há ao primeiro canto. Cantaram e suas vozes se entrelaçavam num único cântico, por mais que emitissem qualquer som diferente um do outro. Dois rostos... Arlequim, solitário e vadio... Colombina, de olhos enigmáticos e aparentemente recatada. Cantam e seu canto é sobre amor. Amor entre homem e mulher e entre os seres. Despedida.
Amor... solidão jamais. Dia de festa! Paixão? Avassaladora! Colombina e Arlequim seguem seu caminho. Esperam um dia se encontrar, acreditam que o destino os preparou para algum futuro distante. Dia de festa! O cântico ecoou e o tempo pára novamente. E seus rostos surgem nitidamente para cada um. Cantam... amam... aprendem... vivem!
Separam-se! Sabe que não é mais um solitário. Apaixonado! Destino! Sabe que ele está lá... na multidão. Andam! Sabem que não estão sós. Andam e esperam que o tempo pare novamente. Irá parar, é a força do canto de amor de Arlequim e Colombina...
L.P.Coutinho
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